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SÉBASTIEN OGIER SUPREMO NO RALI DE MONTE CARLO

E já são 10 as vitórias em Monte Carlo, um record batido por Sébastien Ogier, que confirma assim uma vez mais o estatuto de lenda dos ralis.

O piloto da Toyota, navegado por Vincent Landais, começou o rali em força. Os troços noturnos do primeiro dia não intimidaram a dupla francesa que, ao desferir um forte ataque nas pec’s 1 e 2, instalaram-se no comando do rali.

Porém, um pequeno deslize numa zona super escorregadia na terceira classificativa da noite levou à sua queda ao terceiro posto.

Mas a dupla não baixou os braços e no segundo dia de prova partiram em busca do prejuízo para chegar ao comando do rali na oitava classificativa, posição que já não viriam a largar até ao final, conquistando o histórico resultado de 10 vitórias na prova monegasca ao qual somaram ainda os pontos da vitória na Power Stage.

Logo atrás no segundo posto, Elfyn Evans e Scott Martin confirmaram também um excelente resultado conjunto da Toyota. A dupla britânica ainda passou pelo comando da prova e defendeu-se bem dos fortes ataques daquela que foi provavelmente a dupla sensação do rali. Além do degrau intermédio do pódio, Evans e Martin foram ainda os mais rápidos no “Super Sunday”, a classificação que atribui pontos extra às 5 equipas mais rápidas do último dia de rali bem como os segundos classificados da Power Stage.

Na sua prova de estreia pela Hyundai no WRC, Adrien Fourmaux e Alex Coria brilharam ao cotarem-se como a melhor das formações do construtor coreano, passaram também eles pela liderança do rali e viriam a conquistar um sólido terceiro lugar final mostrando uma adaptação ao novo carro e à nova equipa que lhes dá excelentes indicadores para o futuro.

Seguiram-se na classificação Kalle Rovanpera e Jonne Haltune. A dupla finlandesa, que regressa este ano a tempo inteiro ao campeonato, esteve “uns furos” abaixo do que seria expectável com o jovem piloto da Toyota a admitir não se sentir totalmente confortável com o carro nas difíceis classificativas de montanha. A dupla viria a redimir-se na derradeira etapa ao conseguir mostrar já algum ritmo semelhante ao dos homens da frente que lhe valeu o segundo posto do “Super Sunday” e ascender ao 4° lugar por troca com o segundo melhor Hyundai, este tripulado por Ott Tanak e Martin Jarveoja.

Para a dupla da Estónia, este foi um rali bastante sofrido. Uma saída de estrada no segundo dia quase comprometeu totalmente o rali mas após esse momento Tanak e Jarveoja conseguiram melhorar o seu ritmo vencendo um total de 4 troços ate ao final, sendo contudo insuficiente para segurar os adversários diretos da Toyota.

A encerrar o Top 6 terminaram os campeões em título Thierry Neuville e Martijn Whydaeghe. Os homens da Hyundai levam de Monte Carlo muitas histórias para contar e poucas boas recordações já que duas saídas de estrada no segundo dia (exatamente no mesmo local) levaram a uma queda abrupta na classificação geral e nas suas aspirações a um bom resultado.

No sétimo posto final surge o melhor (e único) dos Ford Puma. Na sua estreia absoluta no escalão máximo, Josh McErlean e Eoin Treacy cumpriram exatamente o objetivo traçado:

sem qualquer veleidade desportiva na classificação final desta prova de fogo, a dupla irlandesa teria apenas que somar quilómetros, aprender ao máximo e ganhar experiência aos comandos do Puma Rally1. Apesar de um inicio cauteloso e discreto, os jovens da M-Sport souberam escapar às dificuldades deste rali e paulatinamente foram escalando na classificação somando os primeiros pontos do ano.

Mais azarados estiveram os seus colegas de equipa Gregoire Munster e Louis Loukka. Apesar de virem a fazer uma prova surpreendente, na qual inclusive venceram o primeiro troço das suas carreiras no WRC, Munster e Loukka viriam a sofrer um despiste no primeiro troço da derradeira etapa, surpreendidos por uma placa de gelo que atirou o Puma para lá dos limites da estrada.

Também azarados estiveram Sami Pajari e Marko Salminen, vitimas também eles de uma saída de estrada que atirou o Toyota Yaris Rally1 para o fundo de uma ponte, tal como Takamoto Katsuta e Aaron Johnston, com sorte idêntica à dos seus colegas de equipa.

Na WRC2 destaque para a vitória da Citroen com Yohan Rossel e Aranud Dunand a repetirem o resultado de 2024, secundados pelo Hyundai de Eric Camilli e Tibault de la Haye. O pódio final ficou completo com o mais novo do clã Rossel, Leo, navegado por Guillaume Mercoiret, a conquistar o pódio na sua estreia em Monte Carlo.

A WRC3 foi um feudo quase perfeito de Arthur Pelamourgues e Bastien Pouget. A dupla do Renault Clio Rally3 apenas perdeu o comando da prova em 2 classificativas rubricando uma vitória sem mácula.

Os italianos Matteo Fontana e Alessandro Arnaboldi levaram o seu Ford Fiesta Rally3 ao 2º lugar final enquanto Ghjuvanni Rossi e Kylian Sarmezan, também em Ford Fiesta, fecharam o pódio da competição.

O Campeonato do Mundo de Ralis segue agora para o norte da Europa onde se disputará de 13 a 16 de Fevereiro o Rali da Suécia sob pisos de neve.

CLASSIFICAÇÃO FINAL: https://www.ewrc-results.com/final/89918-rallye-automobile-monte-carlo-2025/